Há pouco tempo, desconfiados sobre a entrada de objetos que serviriam para facilitar a fuga de presos custodiados na carceragem da 1ª Delegacia Territorial de Polícia Judiciária da 25ª Coorpin/Euclides da Cunha, Dr. Miguel Vieira ordenou a colocação de uma rede de malha de ferro sobre as vigas instaladas no teto do pátio da carceragem, por onde já passaram alguns presos em fuga e o espaçamento existente entre as vigas permitem que objetos de pequeno porte, quando arremessados de fora do Complexo Policial Civil para o lado de dentro cheguem às mãos de presos, apesar de o monitoramento por meio de sistema de câmeras de segurança instalado, em funcionamento ininterrupto.
Para testar a eficácia da providência adotada, na manhã desta quinta-feira (19), os delegados Miguel Vieira (regional titular da 25ª Coorpin) e Paulo Jason de Melo Falcão (titular da 1ª DT) e agentes policiais civis, com o apoio de policiais militares do 5º BPM fizeram inspeção inesperada nas celas e ficaram surpresos com a quantidade de maconha encontrada, arma branca, chuço, ferramenta improvisada e original, componentes eletrônicos, peça de liquidificador, aparelhos de telefone celular, lâminas de flandres usadas como revestimento externo na fabricação de pilha de rádio, uma chave de fenda improvisada a partir de um isqueiro a gás, entre outros.
Várias dessas peças metálicas se apresentavam enferrujadas e, por serem de aço, poderiam ser usadas normalmente para serrar as grades, fazer buraco na parede... enfim, promover meios de fuga em massa dos detentos que se encontram custodiados à disposição da Justiça, aguardando julgamento.
Também foram encontrados componentes eletrônicos: fios de carregador de telefone celular, um eixo de ventilador doméstico- peça bastante usada por detentos em presídios, carceragens de delegacias, para fazer girar uma broca de aço acoplada a uma possível engenhoca montada artesanalmente pelos presos, que ligada à rede elétrica ou movida a pilha é capaz de abrir buracos no piso de cimento concretado, parede, entre outras utilidades criminosas.
Além de os aparelhos de telefone celular, carregadores e baterias encontrados, alicate e serras de aço em pequenos pedaços foram localizados escondidos dentro de um pequeno compartimento construído sob o piso de concreto da cela, a partir do ralo do local onde tomam banho.
Para não levantar suspeita, um pedaço de ferro com arame acoplado, conhecido como “pescador”, era usado para retirar as peças e ferramentas escondidas no buraco de escoamento de água. Seria difícil, numa simples inspeção de cela, localizar o esconderijo de ferramentas, num verdadeiro trabalho de cupins que abrem caminho por debaixo do chão.
Armas brancas também foram encontradas e, tudo indica, que esse material apreendido tenha sido jogado por alguém em arremesso feito do lado de fora, por cima da área da carceragem reservada ao banho de sol dos detentos, antes de ter sido colocada a tela de aço que funciona como rede de contenção de objetos instalada recentemente, já que a inspeção feita nas sacolas e embalagens de produtos, alimentos, objetos pessoais destinados aos detentos é feito com rigor.
MACONHA À VONTADE:
Em duas sacolas plásticas foram encontradas 104 (cento e quatro) trouxinhas de maconha prontas para serem comercializadas e consumidas pelos detentos usuários que, talvez, cansados e entediados pela rotina do xadrez, buscam na “massa, marijuana, larica, erva maldita, bagulho, folha santa”, entre tantos codinomes dados a cannabis sativa, filosofar, divagar, fazer viagem intergaláctica, etc., para depois “amarrar um bode” e aí, mano, cair no sono que demora para acordar.
VEJA A RELAÇÃO DE OBJETOS E DROGAS APREENDIDOS:
104 trouxinhas de maconha, 03 aparelhos de telefone celular, duas baterias de telefone celular, 02 carregadores para celular, duas brocas de aço, 01 alicate, 03 pedaços de serra de aço, 01 eixo de ventilador, uma geringonça elétrica que faz girar o eixo de ventilador ao qual é acoplado duas brocas de aço, fios de carregadores de celular, parafusos, uma chave de fenda improvisada a partir de um isqueiro Bic, 02 chuços (arma artesanal pontiaguda) improvisada também a partir de um isqueiro Bic, lâminas de flandres improvisadas a partir da embalagem de pilha de rádio, além de um pescador feito com vergalhão fino e arame e uma meia, provavelmente usada e arremessada com alguma coisa para dentro do CPC. A lata de sardinhas pode ser amassada, adaptada e usada como instrumento cortante para escavar parede.
Os objetos foram catalogados e enviados ao DPT-Departamento de Polícia Técnica, para perícia e análise. Os envolvidos serão interrogados e responsabilizados pelos delitos cometidos. Certamente terão as respectivas penas agravadas ao serem julgados pela Justiça.
FONTE: www.euclidesdacunha.com.br
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