quinta-feira, 17 de novembro de 2016

EX-GOVERNADOR DO RIO SERGIO CABRAL É PRESO PELA POLICIA FEDERAL


O ex-governador do Rio de Janeiro Sergio Cabral (PMDB-RJ) foi preso preventivamente na manhã desta quinta-feira pela operação Calicute, um desmembramento da Lava Jato, que investiga recebimento de propina em obras no Rio. Cabral é acusado de liderar um esquema que desviou mais de 220 milhões de reais em contratos com diversas empreiteiras para obras no Estado. 
A ex-primeira dama Adriana Ancelmo, esposa de Cabral, também foi presa, temporariamente.


Sérgio Cabral é o segundo ex-governador do Rio preso no período de pouco mais de 24 horas. Na quarta-feira pela manhã, Anthony  Garotinho foi detido  em outra operação, acusado de fazer parte de esquema de compra de votos por meio de um programa social.
A operação desta quinta foi deflagrada logo pela manhã, quando agentes da PF foram até a casa de Cabral para prendê-lo. Em frente ao prédio do ex-governador, além de muitos jornalistas, alguns manifestantes se aglomeraram. A polícia usou spray de pimenta em direção à imprensa e aos manifestantes, de acordo com o portal G1.
A prisão de dois ex-governadores aumenta a convulsão política vivida no Estado. Na tarde desta quarta, poucas horas depois de Garotinho ser detido, centenas de pessoas foram reprimidas pela policia Militar enquanto protestavam em frente à Assembleia Legislativa do Rio, no centro da cidade. Os manifestantes, em sua maioria servidores públicos, eram contrários a um pacote de medidas  de  reajuste que será votado na Casa até dezembro.
O Estado do Rio vive uma grave crise financeira. Milhares de servidores públicos estão recebendo seus salários em parcelas há meses e o Estado pede  socorro ao Governo Federal ,para tentar se desafogar das dívidas. Sérgio Cabral, eleito em 2006 e reeleito em 2010, é o símbolo do  auge  e da derrocada do Rio de Janeiro. 
Cumpriu mandato até 2014, quando deixou o Governo pela porta dos fundos, publicando uma breve carta de renúncia. Pretendia ser candidato ao Senado ou à Câmara naquele ano, mas acabou não disputando nenhum dos cargos. Apesar da saída melancólica, Cabral conseguiu eleger seu sucessor naquele ano, o atual governador Luis Fernando Pezão, também do PMDB.



Fonte : EL PAÍS Brasil 

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